sexta-feira, 5 de julho de 2013

Vídeo Aula 23 - A educação de pessoas com necessidades especiais é de fato ineficaz?

Alguns recursos, como os mencionados abaixo, podem favorecer o processo educativo de pessoas com certas deficiências:

  • Braile para crianças e jovens cegos;
  • Amplificadores visuais para deficientes visuais;
  • Cadeiras especiais e computadores para os deficientes físicos.

Entretanto, há alguns questionamentos como:
  • É possível ensinar alguma coisa à criança com deficiência intelectual? 
  • A criança ganha alguma coisa além da socialização?

Embora a socialização seja reconhecida como um dos méritos do processo da inclusão, se recuperarmos as informações sobre a complexidade humana e dos processos desenvolvimentais humanos, perceberemos que a  PLASTICIDADE CEBEBRAL, propriedade do sistema nervoso, permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais e/ou capacidade adaptativa.
O potencial que o cérebro tem para a recuperação funcional depende de inúmeros fatores: idade, local, tempo da lesão, natureza da lesão, entre outros. 
Existem lesões potencialmente recuperáveis, mas, para tanto, necessitam de objetivos precisos de investimento. Para isso, é preciso de interação total entre o educador e o médico capaz de diagnosticar a deficiência.
Na aula, o exemplo utilizado foram as principais características das crianças com Síndrome de Down:
  • Alterações na estrutura das redes neurais;
  • Pode afetar atenção, memória, capacidade de correlação e análise, pensamento abstrato, entre outros;
  • Dificuldade de percepção e distinção auditiva;
  • Dificuldade de desenvolvimento linguístico;
  • Hipotonia muscular: pode afetar a fala, equilíbrio, postura e coordenação de movimentos, fixação de olhar, exploração do meio e até atividades motoras e gráficas;
  • Dificuldades com pensamentos abstratos, mas pode adquirir habilidades por meio de trabalhos manuais;
  • Dificuldades quando tem que construir conduta nova, com frequência de atos;
  • As estruturas comportamentais e argumentativas correspondem a de pessoas de menor idade: um processo mais lento, marcado pela imitação e contagiado pela emoção.

É importante destacar que conhecer essas características não deve estabelecer uma lista de fatores negativos, mas sim, uma oportunidade de se buscar estratégias que privilegiem suas maiores habilidades e capacidades adaptativas.

Assim, o professor e demais mediadores dessas crianças devem atuar baseados nos seguintes aspectos:
  • Identificar as dificuldades;
  • Desenvolver habilidades;
  • Descobrir potenciais;
  • Respeitar as especificidades.




SUGESTÃO DE LEITURA:
Estudantes com Necessidades Especiais

Autora: Sílvia Ester Orrú

A obra apresenta um olhar crítico sobre as novas feições que vêm adquirindo nos últimos anos os programas e processos de educação especial e são recorrentes em anunciar a necessidade de se ampliar as ações de formação dos educadores no saber especializado que atenda à diversidade de estudantes, consonante com os novos modelos de atendimento educacional, marcados pela ideologia e proposta de uma escola inclusiva, possibilitando a ampliação do acesso de estudantes considerados com necessidades especiais às escolas comuns.

Traz para o leitor uma ótima abrangência de quem são os estudantes cuja singularidade a educação especial tem seus objetos de práticas e pesquisa, abordando aspectos relevantes para a educação e pesquisa.
A motivação maior é a expectativa de que o conhecimento aqui presente possa contribuir para elevar o nível dos programas de ensino nas escolas includentes.
Literatura orientada para professores da educação básica e do ensino superior, além de estudantes de graduação e pós-graduação na área da Educação e áreas afins.


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