Alguns recursos, como os mencionados abaixo, podem favorecer o processo educativo de pessoas com certas deficiências:
- Braile para crianças e jovens cegos;
- Amplificadores visuais para deficientes visuais;
- Cadeiras especiais e computadores para os deficientes físicos.
Entretanto, há alguns questionamentos como:
- É possível ensinar alguma coisa à criança com deficiência intelectual?
- A criança ganha alguma coisa além da socialização?
Embora a socialização seja reconhecida como um dos méritos do processo da inclusão, se recuperarmos as informações sobre a complexidade humana e dos processos desenvolvimentais humanos, perceberemos que a PLASTICIDADE CEBEBRAL, propriedade do sistema nervoso, permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais e/ou capacidade adaptativa.
O potencial que o cérebro tem para a recuperação funcional depende de inúmeros fatores: idade, local, tempo da lesão, natureza da lesão, entre outros.
Existem lesões potencialmente recuperáveis, mas, para tanto, necessitam de objetivos precisos de investimento. Para isso, é preciso de interação total entre o educador e o médico capaz de diagnosticar a deficiência.
Na aula, o exemplo utilizado foram as principais características das crianças com Síndrome de Down:
- Alterações na estrutura das redes neurais;
- Pode afetar atenção, memória, capacidade de correlação e análise, pensamento abstrato, entre outros;
- Dificuldade de percepção e distinção auditiva;
- Dificuldade de desenvolvimento linguístico;
- Hipotonia muscular: pode afetar a fala, equilíbrio, postura e coordenação de movimentos, fixação de olhar, exploração do meio e até atividades motoras e gráficas;
- Dificuldades com pensamentos abstratos, mas pode adquirir habilidades por meio de trabalhos manuais;
- Dificuldades quando tem que construir conduta nova, com frequência de atos;
- As estruturas comportamentais e argumentativas correspondem a de pessoas de menor idade: um processo mais lento, marcado pela imitação e contagiado pela emoção.
É importante destacar que conhecer essas características não deve estabelecer uma lista de fatores negativos, mas sim, uma oportunidade de se buscar estratégias que privilegiem suas maiores habilidades e capacidades adaptativas.
Assim, o professor e demais mediadores dessas crianças devem atuar baseados nos seguintes aspectos:
- Identificar as dificuldades;
- Desenvolver habilidades;
- Descobrir potenciais;
- Respeitar as especificidades.
SUGESTÃO DE LEITURA:
Estudantes com Necessidades Especiais
Autora: Sílvia Ester Orrú
A obra apresenta um olhar crítico sobre as novas feições que vêm adquirindo nos últimos anos os programas e processos de educação especial e são recorrentes em anunciar a necessidade de se ampliar as ações de formação dos educadores no saber especializado que atenda à diversidade de estudantes, consonante com os novos modelos de atendimento educacional, marcados pela ideologia e proposta de uma escola inclusiva, possibilitando a ampliação do acesso de estudantes considerados com necessidades especiais às escolas comuns.
Traz para o leitor uma ótima abrangência de quem são os estudantes cuja singularidade a educação especial tem seus objetos de práticas e pesquisa, abordando aspectos relevantes para a educação e pesquisa.
A motivação maior é a expectativa de que o conhecimento aqui presente possa contribuir para elevar o nível dos programas de ensino nas escolas includentes.
Literatura orientada para professores da educação básica e do ensino superior, além de estudantes de graduação e pós-graduação na área da Educação e áreas afins.
Disponível em: http://bancocultural.com.br/saude/?p=631.
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